Soroepidemiologia

SOBRE

O Laboratório de Soroepidemiologia e Imunobiologia, localizado no 4º andar – prédio 2 do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, desenvolve pesquisas científicas nas áreas de diagnóstico, patogenia e mapeamento de genes relacionados à resistência de drogas terapêuticas, em doenças infecciosas e parasitárias.

O laboratório tem como finalidades:

  • Promover a formação de pesquisadores em área básica e aplicada.
  • Servir de campo de ensino e treinamento para estudantes de graduação e pós-graduação, em áreas relacionadas à saúde.
  • Treinar profissionais da área da saúde, notadamente no que se refere a atividade laboratorial em doenças tropicais.

HISTÓRICO

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O Laboratório de Soroepidemiologia e Imunobiologia do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo foi criado no início da década de 60 pelo então Diretor do Instituto Prof. Carlos da Silva Lacaz, com o nome de Laboratório de Imunologia – Sorologia.

Foi nomeado como chefe do Laboratório o Dr. Mario E. Camargo, médico e sócio do Laboratório de Análises Clínicas Fleury, com visão voltada para a pesquisa na área de Imunologia Clínica, principalmente em Sorologia.

Coube ao Dr. Mario Camargo a missão de transformar o Laboratório em Centro de Referência da Organização Mundial da Saúde, após especializar em técnicas de imunofluorescência, formar colaboradores e promover cursos sobre a Introdução das Técnicas de Imunofluorescência para profissionais do Brasil, América Latina e de outros países do mundo.

Cuidadosamente preparado, o curso fornecia um programa de aulas teóricas, práticas e seminários que colocava seus assistentes na fronteira do conhecimento científico. Nas aulas práticas os alunos aprendiam a fazer os conjugados fluorescentes, caracterizá-los e utilizá-los nas diferentes técnicas de imunofluorescência. Essa particularidade foi o que deu ao curso um caráter inédito, reconhecido internacionalmente.

Durante mais de 10 anos, sem interrupções, o curso foi ministrado e com o advento de novos testes sorológicos como hemaglutinação, padronizada e desenvolvida no Laboratório e testes imunoenzimáticos, por solicitação da OMS e pelo seu reconhecimento, o curso foi modernizado, ampliado e ministrado por anos seguidos até a metade da década de 90, como curso de Introdução aos Testes Sorológicos e Aplicações Clínicas e Epidemiológicas.

Para que pudesse ministrar o novo curso com novas técnicas, os membros do Laboratório foram treinados em técnicas imunoenzimáticas por renomados pesquisadores do mundo como Stratis Avrameas, França, Paul Nakane, Estados Unidos e Allister Voller, Inglaterra, que a convite do Laboratório vieram ao Brasil e no Instituto passaram seus conhecimentos para os pesquisadores do Instituto de Medicinas Tropical.
Além dos cursos, o laboratório também foi formador de recursos humanos na área universitária, fornecendo estágios e programas de pós-graduação para centenas de estudantes, que hoje ocupam posição de destaque em vários centros de pesquisa do Brasil.

É claro que a evolução tecnológica abriu novas fronteiras e desafios. De testes para serem aplicados no diagnóstico individual, o laboratório passou a trabalhar em grandes inquéritos soroepidemiológicos. Foi assim que a pedido do Ministério da Saúde e com apoio da OMS, coordenou o maior inquérito sorológico até hoje realizado no mundo, para conhecer a prevalência sorológica da doença de Chagas no Brasil. Mais recentemente, um novo inquérito soroepidemiológico sobre a doença de Chagas foi feito, em crianças de 0 a 5 anos, para conhecer se ainda havia a transmissão da doença por via vetorial ou congênita. O Laboratório foi o Centro de Referência desse projeto, confirmando e validando os resultados iniciais feitos no Laboratório Central em Goiânia.

Visando o futuro e com a introdução de novas metodologias na área de Imunologia Clínica, o Laboratório passou a trabalhar com projetos experimentais e introduziu técnicas de biologia molecular no seu campo de atuação.

O nome do Laboratório foi alterado inicialmente para Laboratório de Sorologia e Soroepidemiologia e, posteriormente para o nome atual Laboratório de Soroepidemiologia e Imunobiologia. Fizeram e fazem parte dessa evolução do Laboratório os seguintes docentes da Universidade de São Paulo.

Dr. Mario Endsfeld Camargo
Dra. Sumie Hoshino Shimizu
Dra. Maria Carolina Soares Guimarães
Dr. Antonio Walter Ferreira
Dr. Benedito Anselmo Peres
Dr. Osvaldo Sunao Nakahara
Dr. Paulo Cesar Cotrim
Dra. Hiro Goto
Dra. Thelma Suely Okay

Texto redigido pelo Prof. Dr. Antonio Walter Ferreira, docente aposentado da Universidade de São Paulo, ex-chefe do Laboratório e ex-diretor do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo.

PESQUISADORES

EXAMES

Teste imunoenzimático (ELISA) e Imunofluorêscencia Indireta (IFI) para pesquisa de anticorpos IgG anti-Leishmania spp.
Esses testes sorológicos são realizados para os Ambulatórios do HC/FMUSP:

  • Dermatologia, Otorrino, Moléstias Infecciosas e Clínica Médica
  • Instituto da Criança HC-FMUSP
  • Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
  • Instituto de Infectologia Emílio Ribas
  • Hospital Darcy Vargas

Contato: MSc. Beatriz J. Celeste
(11)3061-7027

Teste imunoenzimático (ELISA) para detecção de anticorpos IgG anti-Toxocara spp.
Este teste é realizado para as seguintes instituições:

  • HC-FMUSP
  • Instituto da Criança – HC-FMUSP
  • Instituto de Infectologia Emílio Ribas
  • CRT-AIDS

Contato: Dra. Guita R. Elefant
(11)3061-7060

CONTATO

(11)3061-7028